Repensando as funções da Gerencia

Será que as funções tradicionais da gerência ainda correspondem com eficácia às novas necessidades do mercado? Conclua você mesmo sobre a questão.

Parece que quanto mais se mexe, mais inconformidades aparecem, e… sinceramente, creio que tem que ser assim. O questionamento sobre a eficácia e eficiência das funções gerenciais deveria ser permanente. Todos nós sabemos que a única coisa constante hoje em dia, é a mudança e quem não se atualiza e se questiona, praticamente está andando para trás.

Tanto no meio empresarial, como no acadêmico tem se dado muita importância aos modelos de gestão que permanentemente se renovam, e nas rodas de empresários, diretores e consultores, fala mais alto aquele que conhece a última sigla (em inglês claro!); porém, pouca ou nenhuma importância está se dando a adequação das funções tradicionais de gestão, junto a essas modalidades e às próprias necessidades do mercado local.

Fico observando por exemplo, quando as pessoas assistem a palestras, congressos, workshop etc., estão cheias de gás, entusiasmadas e determinadas a fazer acontecer e lutar contra o inércia e o comodismo dos condicionamentos; mas quando começam a encontrar barreiras e até críticas por querer melhorar algum procedimento ou processo, acabam desistindo logo no terceiro, quinto dia. Então fico me perguntando, qual foi o objetivo de mandar esta pessoa para o seminário?, foi só para aprender alguma coisa? o foi para aplicar alguma melhoria na empresa?. Se o motivo real é o primeiro, então, é melhor comprar alguns livros para ler, sai mais barato, e a pessoa não tem que se ausentar da empresa, perdendo um tempo precioso.

um dos paradigmas que mais tem limitado as organizações de alcançar maiores participações no mercado, ainda, é o pressuposto: “Eu penso e você executa” – nenhum ser humano se sujeita a isso cem por cento, pode tolerar em parte, por que precisa do emprego, mas o intolerável, mesmo sem perceber, é transformado em rebeldia.

Qual a melhor maneira de reverter essa situação? A experiência tem demonstrado que é preciso dar oportunidade às pessoas de participar mais diretamente na vida da organização, não só executando, como também reflexionando e buscando melhores níveis de desempenho, chegando ao nível de experimentar a satisfação de participar na execução das suas próprias idéias e sugestões, isto é, provocando a capacidade criativa e desenvolvendo a competência coletiva, aprendendo uns com os outros.

Algo que aproxima e motiva muito as pessoas nas empresas é o aprendizado em equipe. O aprendizado não pode continuar sendo realizado como uma reação às crises, ou simplesmente reativo, ele tem que ser planejado e executado como aliado indispensável em qualquer processo de mudança estratégica, de tal forma que seja um impulsionador convergente aos objetivos estabelecidos.

A nova onda nas empresas para desenvolver vantagens competitivas, agora é a inovação através do potencial humano, popularmente chamada de gestão de RH. Por exemplo, pesquisas realizadas pelo Hay Group do Brasil e pelo Serasa SP, onde se pesquisaram as 185 melhores empresas na gestão de pessoas; constatou-se que as 35 melhores com relação ao clima organizacional, tinham em média 38% margem líquida maior, além de uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido 25% superior às outras. Essa é maior prova de que vale a pena investir nas pessoas e no desempenho da organização.

Não é a toa que vários empresários visionários já quantificaram os prejuízos que tem ao contratar impulsivamente e pelas simples indicações de parentes e amigos. Um grupo menor ainda está utilizando os meios de comunicação em massa, como televisão e a Internet para, através de jogos empresariais, selecionar aqueles que mais se destacam. É a Gestão com foco e através das pessoas.

Estas mudanças do mercado estão obrigando as empresas (e os líderes) a mudar seu atual sistema de tomada de decisões, para um novo sistema que seja:

a) mais participativo, estimulando e valorizando as experiências e conhecimentos adquiridos

b) mais rápido, com decisões tomadas por quem está mais perto do problema, e não através de uma complicada e burocrática linha hierárquica;

c) mais eficiente e eficaz, utilizando e compartilhando o conhecimento e a inteligência de um número maior de pessoas, e não apenas dos gerentes.

Minha intenção nesta serie de artigo é encorajar você empresário / diretor, para que se questione o tempo todo, aceite o desafio e desenvolva seu próprio modelo de gestão do negócio, invista nos processos e na inovação através das pessoas, considerando a experiência que tratarei de passar pra você através destas linhas. Até o próximo artigo!

(*) Federico Amory
Consultor, professor e diretor da Amory Serviços S/C Ltda, especializada em Reestruturação organizacional e inovação na gestão do negócio – http://www.empresa-eficaz.com.br – mail to: ee@empresa-eficaz.com.br.
Publicado em 10/02/2010 no HSM global: http://br.hsmglobal.com/notas/56290-repensando-as-fun%C3%A7%C3%B5es-da-ger%C3%AAncia

A gestão de mudanças e o por que é necessário mudar


A verdadeira crise é a crise da incompetência.

          Por que será que algumas empresas estão crescendo, conquistando melhores resultados, não só financeiros, como de desempenho e imagem; e outras não conseguem sair do mesmo lugar, sempre atrás de concorrentes mais inovadores e até baixando os preços para tentar conquistar mais clientes?? A resposta é: hoje em dia, para ser auto-sustentável e manter seu fluxo de caixa equilibrado, é preciso MUDAR, aplicar o processo de melhoria continua, praticar e implementar o espírito da inovação em cada um de seus colaboradores. Isso é o mínimo que deveria se fazer. Sua empresa é eficiente ou é Eficaz?. Leia e conclua você mesmo.

Albert Einsten tinha razão, em nenhuma época na historia da humanidade aconteceram tantas mudanças como nos últimos 30 anos, mesmo assim, ainda existem muitos empreendedores (e empresários) que são resistentes às mudanças. Algumas vezes o empresário se coloca a margem da organização, contratando serviços de consultoria inclusive para que os funcionários melhorem seu desempenho.

Não deveríamos pretender que as coisas mudem (melhorem) se sempre fazemos o mesmo. As dificuldades e a crise são a melhor benção que podem acontecer com as pessoas, porque elas trazem progresso. Se ainda tem dúvidas, vejamos. Na década de 80 foi feita uma pesquisa por Luis Grifalco quando ele levantou todas as patentes que foram registradas nos órgãos internacionais de patentes. Ele observou um padrão muito interessante:

Primeiro, havia pico de incidências de lançamentos de patentes. Existiam certos momentos em que as pessoas eram mais criativas e, por tanto, eram registradas mais patentes.
Segundo, curiosamente esses picos ocorriam em momentos de grande crise econômica e
Terceiro, ele constatou que a distância entre esses picos era de aproximadamente 55 anos.

Exatamente como previsto, considerando estas tendências, o último pico teve inicio na década de 1990, o qual está sendo impulsionado pela biotecnologia, a eletrônica, a ciência espacial.

A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar «superado». Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, insulta o seu próprio talento e ainda passa a respeitar mais os problemas do que às soluções.

A verdadeira crise é a crise da incompetência. Outra evidencia de insanidade das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o comodismo. Em vez disso, trabalhemos duro e com inteligência, seja humilde e reconheça que precisa de ajuda – você não é obrigado a saber tudo. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora que existe que é a tragédia de não perseverar e continuar lutando para superá-la. Pense de que cada vez que “fracassa” está mais próximo do resultado desejado.

Agora, você não precisa do surgimento de uma crise para melhorar seu desempenho pessoal,  da equipe de trabalho e da organização, desenvolvendo inclusive seu potencial de liderança. Você deveria se questionar todos os dias “como posso melhorar meus resultados e da minha equipe?” e para fazer isso, você vai precisar de tempo – pelo menos uns 30 minutos. Este é o  problema da maioria dos empresários / empreendedores. Não tem tempo, ou seja, não é prioridade. É claro que você não pode deixar de atender seus clientes e de resolver os problemas operacionais (e de pessoal) da sua empresa. Estas questões são urgentes e exigem nossa atenção imediata, porém são justamente as tarefas importantes (as que não fazemos), as que vão prevenir futuros problemas e garantir melhores resultados. Se precisar de ajuda neste sentido, fale conosco.

Numerosos estudos confirmam que as organizações mais rentáveis e de reconhecido sucesso são aquelas que um dia questionaram seu desempenho. Por exemplo: Um estudo recente confirmou que pelo menos um 86% das melhorias em vendas e rentabilidade em geral foram resultados de mudanças realizadas na direção estratégica. As mudanças do mercado estão obrigando as empresas a mudar seu atual sistema de tomada de decisões, para um novo sistema que seja:

a) Mais rápido, com decisões tomadas por quem está mais perto do problema, e não através de uma complicada burocrática linha hierárquica;

b) Mais eficiente e eficaz, utilizando a inteligência de um número maior de pessoas, e não apenas a dos gerentes.

Somente através da aprendizagem, do desenvolvimento profissional de todos os membros da organização, é que se podem produzir melhorias (mudanças). É como disse Jacques Nasser da Ford, «O que faz que um processo de mudanças funcione, em uma empresa, é a educação empresarial». Não existem magias, soluções rápidas ou outro caminho diferente que seja eficaz e seguro. Se algum “consultor” afirmar isso, tenha cuidado!!

Por outro lado, se observamos qual a melhor forma para um líder desenvolver vantagens competitivas, vamos descobrir que na maioria dos casos, foi criando novas condições de trabalho, ou seja, que o crescimento da organização está baseado justamente naquilo que não é conhecido – SIGNIFICA MUDANÇAS !!! e quando não aprendemos a provocar e aproveitar as mudanças – em outras palavras, nos acomodamos – a própria natureza nos prepara situações catastróficas (econômicas, naturais, globais, etc) – são as chamadas crises, justamente para nos obrigar a utilizar nossa criatividade e inteligência, no desespero da sobrevivência e sair da mesmice e da inércia do dia-a-dia.

Por Federico Amory

O líder sabe o que quer?


Mais do que nunca, a dissensão torna-se essencial para a sobrevivência e o crescimento das organizações produtivas. Consultor discute o posicionamento dos gestores que não promovem o embate de opiniões.

Vivemos numa sociedade de egos inchados, de carências afetivas e traumas devastadores que, queiramos ou não, limitam nossos resultados. Com alguma freqüência, encontramos empresários e diretores que demonstram uma necessidade muito grande da aprovação das pessoas e particularmente dos funcionários.

Recentemente, tive a oportunidade de assessorar uma empresa com sérios problemas no posicionamento estratégico. Aliás, essa palavra nem era conhecida.

A falta de organização, de informação confiável, de motivação interna e de satisfação dos clientes; era apenas reflexo de uma empresa sem horizonte, sem personalidade, que sobrevivia num clima de fingimento, de falsidade, onde a opinião do empresário mudava a cada conversa com um funcionário.

Qualquer pessoa que convivesse alguns dias dentro daquela organização poderia perceber que os bons funcionários eram aqueles que viviam fazendo de tudo para agradar o patrão. Por outro lado, os que tinham a coragem de falar o que pensavam, restava apenas um – isto por que era irmão do empresário.

Funcionário que concorda com todo que o empresário ou gerente fala não está ajudando em nada. Pelo contrário, está afundando mais a organização. O bom funcionário tem a obrigação de dizer ao seu líder o que talvez ele não queira ouvir, mesmo que isso cause transtornos no início.

Entretanto, o líder tem que necessariamente estar preparado para escutar com imparcialidade e considerar outros pontos de vista diferentes e até opostos ao seu. Todo este clima deve ser enfrentado profissionalmente, qualquer outra intenção escondida deverá ser percebida pelo líder experiente e sagaz.

A habilidade de persuadir e extrair o melhor das pessoas é uma das características mais importantes nos líderes do novo milênio. E, para isso, é necessário manter um sonho, uma visão, uma metodologia e um plano de trabalho, capaz de contagiar a todos os que convivem ao redor.

Então, para desenvolver esta habilidade vamos começar com reconhecer, encorajar e compensar a dissensão. Lembrando que vale a pena o desconforto temporário pelo fato de ouvir de um subordinado e/ou companheiro de trabalho quando se erra, porque dessa maneira aumenta a capacidade de tomar melhores decisões.

Prezados líderes e empresários, vamos renunciar a massagem do ego proporcionada pelos que “só dizem sim”. Defina com clareza sua filosofia de trabalho, onde deseja chegar e as melhores estratégias possíveis, de acordo com seus recursos e cultura organizacional, e venda esse sonho para seus colaboradores.

O líder moderno precisa ser íntegro, saber o que quer, saber planejar, mas também saber executar, transmitindo para todos com clareza os resultados desejados e os valores que os sustentam. Por outro lado, somente com a participação direta e a humildade de ouvir e aceitar as críticas construtivas de seus colaboradores é que vai conquistar seu apoio incondicional.

 

Por Federico Amory (consultor e líder principal da Amory Serviços S/C Ltda. Website: www.empresa-eficaz.com.br. E-mail: amory@empresa-eficaz.com.br.
HSM Online
15/07/2009

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Como avaliar o trabalho do consultor de gestão?

 

Contexto atual

Estamos em uma nova fase da evolução da economia. Os negócios sempre foram difíceis, porém está cada vez melhor para os clientes e mais complicado para fornecedores e distribuidores prosperarem.

A partir da década de 80 as empresas vem sofrendo pressões crescentes, decorrentes das mudanças radicais e continuas no ambiente organizacional. As mudanças mais significativas que as empresas enfrentam são:

 

1. Competição cada vez mais acirrada, que tem levado as empresas a buscar incessantemente a criação e manutenção de vantagens competitivas  através de custos mais baixos e diferenciação na oferta de produtos e serviços.

 

2. Inovação tecnológica acelerada, que vem permitindo às empresas o desenvolvimento continuo de competências essenciais, baseadas na capacidade de criar, desenvolver e comercializar produtos e serviços mais rapidamente.

 

3. Excesso de ofertas em bases mundiais, o que faz com que haja mais fornecedores do que consumidores dispostos a comprar.

 

4. Crescentes expectativas do cliente, o qual, em decorrência das mudanças acima, tem mais opções de escolha, esperando, por tanto, maior valor agregado, qualidade e nível de serviço satisfatório.

 

Nesse novo contexto, o sucesso de uma organização depende fundamentalmente da capacidade de resposta a essas pressões do ambiente. Caso isso não aconteça, as empresas tornam-se mal sucedidas e inviáveis.

 

Essa capacidade de resposta da organização reside na sua competência para implementar continuamente mudanças, em busca de vantagens competitivas que mantenham valor agregado para os clientes e margens de lucro aceitáveis, desenvolvendo um desempenho sustentável.

 

O trabalho do consultor de gestão reside exatamente em desenvolver essa capacidade de resposta, através da criação e implementação das mudanças necessárias em todas as dimensões (processos, sistemas, pessoas, tecnologia, modelo de gestão e lideranças) de acordo com o momento e a situação particular de cada organização.

 

De uma forma geral as mudanças das quais estamos falando são?:

 

1. Mudanças nos produtos e serviços. Melhorias nos produtos e serviços existentes ou criação de novos, visando aumentar a lucratividade, satisfação do cliente e participação no mercado.

 

2. Mudanças nos processos e tecnologia. Redesenho de processos existentes, criação de novos processos e incorporação de novos sistemas de informação, visando melhorar o desempenho da organização.

 

3. Mudanças nas pessoas (na cultura organizacional). Adoção de novas crenças e valores e mudanças no comportamento que caracteriza o modo de ser da empresa, visando adaptá-la aos novos tempos. Esta adaptação é chamada de resiliência por alguns estudiosos.

4. Mudanças na estratégia e estrutura organizacional. Novas estratégias de comercialização ou de produção, nova forma de agrupar as atividades da organização e redução de níveis hierárquicos, com o objetivo de sustentar as estratégias e processos, obter melhor coordenação do trabalho e tornar a organização mais ágil e flexível.

 

E agora que estamos iniciando um novo ano, ainda é tempo de fazer uma avaliação dos planos que foram traçados no inicio do ano que passou, e a conseqüente reformulação das novas estratégias (e táticas) para este ano que está iniciando. Este processo é chamado do Ciclo do PDCA, ou processo de melhoria continua. É claro que o ideal é que esta avaliação, crítica e reformulação, seja em períodos mais curtos, como a cada trimestre e até mensalmente, tudo depende do tipo de produto e do mercado onde você atua. Em nossos trabalhos de consultoria fazemos avaliações mensais ou trimestrais. A media de nossos trabalhos é de 18 meses (varia entre 12 e 24 meses), dependendo de vários aspectos, como complexidade, situação atual da organização, número de horas aplicadas mensalmente, etc.

No final ou inicio do ano é chegada a hora de fazer uma análise dos avanços (melhorias nos processos), resultados alcançados e dos profissionais que o auxiliaram nessa tarefa ao longo dos doze meses que se passaram. Seja você uma pessoa física ou jurídica, esse é o momento ideal para avaliar os pontos fortes e fracos da sua situação financeira ao longo do ano que se passou, bem como as oportunidades criadas (e aproveitadas) e as ameaças que se tornaram um problema, quando o tema desempenho organizacional lhe vem à cabeça.

Digo isso, pois é fundamental começar 2009 com uma diretriz clara (para todos) e força total a fim de que consiga manter uma melhor saúde financeira durante todo o ano. E para isso nada melhor do que poder confiar no profissional que, no fim das contas, cuida do desempenho da sua organização e do seu patrimônio. Mas como saber se o consultor organizacional ou empresa de consultoria de gestão foi bem sucedido no ano que se passou ou não? Para responder a essa difícil questão, proponho os seguintes pontos a serem considerados pelo empresário:

Cronograma de trabalho – Por conta da natureza de seus trabalhos, é importante que o consultor entregue no inicio do mesmo, um cronograma de trabalho com o detalhe dos itens a serem desenvolvidos, os resultados esperados, com datas de inicio e fim; a fim de que o cliente possa acompanhar e avaliar (comparar previsto com o real) o desenvolvimento dos trabalhos contratados.


Capacidade de adequação às mudanças – Os itens relacionados no plano de trabalho devem contribuir para realizar as mudanças na organização, na magnitude e profundidade necessárias, sem esquecer a sua integração com as diretrizes e cultura geral da empresa.

 

Criação dos sistemas de informação e controle – É importante observar se as bases organizacionais estão sendo criadas e implantadas, conforme plano de trabalho. Estes são os alicerces das mudanças propostas. Estamos falando do levantamento, disposição e organização das informações básicas sobre a saúde financeira e o desempenho da empresa em geral (alinhamento das principais diretrizes de trabalho, do sistema de informação e controle de cada setor, de cada processo, do desempenho dos produtos / serviços, da cultura organizacional, da motivação e integração do pessoal); a fim de poder mensurar as melhorias previstas, corrigir, adequar e definir novas metas de desempenho.   

 

Treinamento das pessoas envolvidas – As mudanças não acontecem pela força e sim pelo conhecimento e uso da razão, por tanto, é importante o respectivo treinamento das pessoas direta e indiretamente envolvidas nas mudanças e melhorias em andamento.

 

Criação e implementação de inovadoras estratégias viáveis de serem executadas e aperfeiçoadas – O posicionamento estratégico é o  principal norteador das mudanças e melhorias programadas. Todo o trabalho depende desta definição. Quando esta definição não existe ou não  está muito clara, é preciso extraí-la e identificá-la, através da cultura, competências e sonhos da diretoria e os principais colaboradores. 

 

Treinamento e desenvolvimento das habilidades de liderança – Nenhuma organização consegue sobreviver por muito tempo se não tiver uma liderança que indique o caminho, que inspire confiança, que mantenha motivadas as pessoas e extraia o melhor de cada um; por tanto as melhorias no desempenho dos principais líderes deve acontecer gradativamente.

 

Adequação dos processos em função das novas estratégias definidas – Os processos principais e de apoio da organização devem estar em permanente melhoria / adequação, de tal forma que apóiem e impulsionem as novas estratégias da empresa, assim como as mudanças internas e externas que estão permanentemente acontecendo.

 

Controle e das finanças da empresa e adequação dos custos operacionais – Muitas decisões do dia-a-dia de um gestor dependem da qualidade e quantidade dos recursos financeiros da companhia naquele momento. Por isso, é importante que se tenha em mãos análises que são constantemente preparadas a fim de conhecer melhor a saúde financeira da empresa. Isso auxiliará os gestores na hora de implantar um projeto ou escolher quais as contas devem ser priorizadas em um momento de crise.

Os custos diretos e indiretos, fixos e variáveis e os respectivos indicadores financeiros de desempenho; devem ser confiáveis e estar atualizados, para a tomada de decisões do dia-a-dia. Quando isto não existe, o consultor deve criar e implementar os respectivos sistemas de informação e controle. Caso seu consultor esteja atento ao seu negócio e diga coisas que você não quer ouvir, mantenha-se calmo e tenha certeza de que é para o seu bem, no final, a decisão é sempre sua.

Adequação dos produtos e serviços ao mercado – Em determinado momento e dependendo do trabalho contratado, o consultor deve orientar à diretoria sobre o mix de produtos e serviços mais adequados ao contexto do mercado onde atua e de acordo com seus recursos, fortalezas e debilidades.

 

Formação de uma equipe competente e comprometida – Uma das áreas mais complexas e importante é a gestão das pessoas e a formação de equipes, pois são eles que atendem o cliente e executam o trabalho, em outras palavras, representam o(a) empresário(a); por tanto o consultor deve orientar com profissionalismo e imparcialidade. No caso de empresas familiares é preciso de uma experiência específica para saber tratar o assunto.

 

Criação e implantação dos indicadores de desempenho necessários (não somente financeiros) para a gestão do negócio – Os indicadores de desempenho formam o “painel de direção” para a diretoria da organização, são eles que estarão mensurando diariamente se a empresa (pessoa, área, processo, produto, sistema) está no caminho certo ou possível. Aqui nasce o Mapa estratégico da empresa.

 

Confidencialidade, transparência e sigilo – O código de ética do consultor organizacional é muito claro quando diz: “O consultor de organização deve adotar todas as medidas necessárias à preservação de sigilo com relação às atividades e informações de seus clientes, inclusive na guarda de documentos e na fidelidade de seus funcionários”.

 

Segundo nossa experiência, estes são os principais itens que devem ser considerados ao avaliar a eficácia do seu consultor organizacional.

 

As mudanças são necessárias e imprescindíveis em qualquer organização, tanto para sua permanente adequação às mudanças externas (clientes, fornecedores, governo, concorrentes), como para sair na frente de seus concorrentes, com criatividade e inovação. Se sua empresa está acomodada no tempo, na realidade está andando para trás, pois nada é permanente, a única coisa permanente são as mudanças, elas estão acontecendo a cada segundo que passa, independente da sua percepção e reconhecimento.

 

Para finalizar, lembre-se de que o trabalho do consultor é orientar (transferir conhecimentos e experiências práticas), criar as condições internas para a realização das mudanças, implantação das estratégias e adequar seus produtos e serviços ao mercado; mas quem tem que realizar essas mudanças / melhorias na sua organização é você, junto com sua equipe – somente assim, poderá dar continuidade ao trabalho de melhoria continua. Por tanto, a primeira mudança que tem que acontecer é a sua como líder principal da empresa. Sem essa disposição sincera e permanente, é melhor nem começar.

 

(*) Federico amory

Líder principal da Amory serviços S/C Ltda. (Eficaz Consultoria de gestão); consultor  especialista em re-estruturação organizacional, vendas, finanças e desenvolvimento de equipes. http://www.empresa-eficaz.com.br – mail to: ee@empresa-eficaz.com.br  

 

 

O líder moderno arruma tempo para extrair o melhor de seus colaboradores

 

         como aplicar o tempo fez a diferença numa empresa do Rio de Janeiro. No inicio do trabalho de consultoria e desenvolvimento das habilidades de liderança da diretoria, o clima era de inveja, intrigas e hipocrisia. As pessoas não se entendiam e existia uma rivalidade entre o gerente comercial e financeiro. De fato parecia que existiam duas empresas num só local de trabalho.

 

Em qualquer situação na vida, você vai ter sempre pelo menos dois caminhos, e quase sempre um é pela inércia, ou seja, mais confortável, não exige esforço nenhum, é quase o obvio (o qual depende das crenças e paradigmas que tenha adquirido ao longo dos anos); e o outro é mais difícil, exige muito mais esforço, algumas vezes não é muito claro, mantemos uma resistência normal e ainda acreditamos que não vai dar certo. Uma coisa eu garanto, este último, vai fazer você crescer. Se você quer crescer, saia do comodismo, da zona de conforto.

 

Tentar se eficiente e eficaz é totalmente irrelevante se não sabe onde e como aplicar o tempo. É preciso dispor de objetivos e metas muito bem avaliadas e claras, onde não se tenha mais dúvida nenhuma. Uma forma simples para identificar estas prioridades é se perguntar quanto gostaria de ganhar por mês e dividir isto pelas 160 horas de trabalho. Uma vez identificado este valor (tem que ser um desafio e ao mesmo tempo viável de ser alcançado) determine que de agora em diante não fará nada que pague menos do que este valor por hora, multiplicado pelo tempo que poderia demorar.

 

O tempo é o principal recurso que dispomos para ganhar dinheiro, concorda? Então, como está utilizando seu tempo atualmente? Se você fosse analisar onde aplica seu tempo, com certeza ficaria surpreso com quantas atividades que são feitas por dia e que não tem tanta importância. Agora, para conhecer com precisão quais são essas atividades, precisa ter plena consciência delas, e para isso vai ser necessário fazer um registro detalhado delas.

 

A diferença entre os gestores que conseguem melhores resultados e os que não conseguem, mesmo trabalhando 18h por dia, está justamente em como administrar esse recurso precioso que é finito. É uma questão de identificar e trabalhar com prioridades.

 

Então, para aproveitar melhor o tempo, você deve conhecer com detalhes onde o está aplicando atualmente. Cuidado! A tendência geral é confiar na memória. Nesta hora é melhor desconfiar nela, ela poderá nos trair. Quando tiver registrada essa informação, procure responder o seguinte: as atividades que realizo diariamente são coerentes e impulsionam meus objetivos atuais?. Realmente estou aplicando o tempo em atividades relevantes e importantes?

 

Na realidade, o tempo não pode ser aumentado, dilatado, poupado, racionalizado (administrado), ou seja, não podemos manipular o tempo. O que podemos fazer de forma objetiva e realista é examinar como o aplicamos. O resultado final desta análise não vai ser uma técnica, nem uma fórmula mágica ou burocrática e sim o primeiro passo para o reconhecimento do que fazemos diariamente, comparado com o que deveríamos estar fazendo. Os resultados que temos atualmente são conseqüência do que fazemos e o que deixamos de fazer, daí, se não estamos gostando destes resultados, é preciso mudar. Ai vem a pergunta: o que preciso fazer para mudar, para ter melhores resultados?? Isto significa questionar alguns paradigmas que limitam nossas atitudes, significa abrir a mente para novos conhecimentos, crenças, funções, rotinas, etc. que nos levem em direção aos resultados que almejamos. Que funções, quais rotinas seriam essas?

 

Se você quer realmente ser um líder eficaz para os outros, comece sendo um melhor líder para você mesmo. Comece a se questionar e aplicar melhor seu tempo. Vamos iniciar por conhecer como aplica atualmente seu tempo.

 

Pegue uma agenda velha com espaço ou caderno e divida-o em intervalos de 15 ou 30 minutos, a partir da hora em que inicia sua agenda de trabalho, e determine que vai parar a cada hora para anotar o que fez. Não considere o tempo que leva para anotar.

 

Esta ação requer antes de tudo auto-disciplina e persistência, sem estas duas virtudes, vai ser difícil ir até o final, porém muito provavelmente vai se surpreender com os resultados.

 

Todos contamos com 168 horas semanais. Quantas horas dedica para o trabalho? Quantas para a família? Quantas para estudar e se manter atualizado? Quantas para cuidar da saúde? Quantas dedica para a vida espiritual?, etc. Em suas horas de trabalho, como distribui o tempo?

 

ü      Quanto tempo dedico para planejar, prever e atuar pró ativamente?

ü      Quanto tempo dedico para definir (por escrito) e atualizar minhas metas no trabalho?

ü      Quanto tempo dedico para os imprevistos e pendências?

ü      Quanto tempo dedico para priorizar minhas tarefas e até delegar outras?

ü      Tenho uma estratégia definida para evitar interrupções e procuro cumpri-la?

ü      Sou capaz de dizer NÃO quando preciso?

ü      Procuro arrumar um tempo para relaxamento e formas de evitar a tensão?

ü      Será que aplico adequadamente meu tempo?

 

 

Onze pontos importantes para melhorar o desempenho

 

1. Define claramente os objetivos e metas e seleciona os mais importantes;

2. Analisa como utilizas teu tempo;

3. Mantém sempre em teu bolso uma listagem das pendências;

4. Mantém sempre bem claro em tua mente um foco, o resultado prioritário, aquele desafio que você mesmo se colocou;

5. Planeje sempre seu dia, desde o dia anterior;

6. Procrastinar somente o secundário, aquilo que pode ser delegado, nunca a prioridade máxima e que somente você pode fazer;

7. Administre e acompanhe as tarefas que foram delegadas, inclusive até para testar a capacidade de cada subordinado;

8. Aprenda a dizer NÃO, as vezes é necessário, porém sempre que isto acontecer, explique por quê;

9. Acompanhe o trabalho diária (ou semanalmente) numa reunião rápida e objetiva;

10. Mantenha o foco no resultado almejado;

11. Não esqueça da pessoa mais importante.

 

Depois de três meses de trabalho, com reuniões semanais de 8 horas a diretoria da empresa, junto com sua equipe de gerentes, passaram a ser melhor avaliados pelos subordinados, fornecedores e clientes. «A diretoria  esta administrando melhor seu tempo», disse um dos principais  fornecedores da empresa. «Estão atuando mais pró ativamente, não mais esperam o problema acontecer para agir», falou um dos encarregados da empresa. «Na realidade estão tendo tempo para extrair o melhor de cada colaborador e ajudá-los a se realizar profissionalmente . .  é uma situação nunca antes vista aqui na empresa». Este é o resultado de um trabalho árduo e complexo, pois exige sair da zona de conforto, quebras de paradigmas e uma afinidade com as mudanças, tão necessárias nas empresas modernas. E na sua empresa, como funciona a sua diretoria??

(*) Por Federico Amory

Líder principal da Eficaz Consultoria de Gestão (Amory Serviços S/C Ltda.) – http://www.empresa-eficaz.com.br.      E-mail: ee@empresa-eficaz.com.br.

Em tempos de crise Crie $

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Em tempos de crise também se cresce . . . Como?

 

Basta estar preparado com:

  1. Uma equipe criativa, integrada e comprometida com resultados;
  2. Um modelo de gestão comprovadamente eficiente e eficaz e
  3. Uma liderança que aponte o caminho e saiba extrair o máximo das pessoas.

 

Sua empresa não tem isso?

Provavelmente é por que na época de vacas gordas a direção da empresa considerou um gasto desnecessário contratar ajuda externa e se preparar melhor. Talvez pensaram igual que o técnico Zagalo quando declarou: “em time que está ganhando não se mexe”. Quando se trata de negócio essa máxima é totalmente contrária ao que as grandes empresas aplicam, e é justamente por isso que elas são e continuam sendo líderes de mercado.

 

Os gestores das empresas de classe mundial sabem de que nunca está ótimo, sempre é possível melhorar, agregar valor para o cliente, contribuir melhor para o meio ambiente e para os próprios funcionários. O limite da nossa criatividade somos nós mesmos que determinamos, com crenças e máximas desse tipo.

 

Se você tem pelo menos uma das condições anteriores, já dá para passar melhor a crise, e claro, se tiver as três, melhor ainda.

 

Lamentavelmente a gente que atende vários tipos de organizações, sabe de que as empresas que podem dizer que dispõe das três condições, podem ser contadas, aqui no Brasil, com os dedos da mão. A grande maioria passam o tempo todo “apagando incêndios”. Nunca tem tempo para planejar e pensar um pouco como melhorar seu desempenho, sua participação no mercado, suas margens de lucro; algumas ainda com muita dificuldade conseguem projetar-se 12 meses na frente, fazendo um planejamento estratégico, mas aí, se deparam com mil e um problemas para colocá-lo para funcionar, por que? Porque não tem estrutura e nem cultura para isso. É preciso criar primeiro os alicerces na organização.

É esse o trabalho que estamos desenvolvendo em empresa de Niterói, estado do Rio de Janeiro. A diretoria da empresa entendeu, depois de várias tentativas sem sucesso, de que precisava de ajuda de profissionais da área de gestão do negócio. De inicio foi realizado um diagnóstico organizacional, a fim de avaliar todas as áreas e processos e sua capacidade de enfrentar crises e se adequar rapidamente ao mercado. A pontuação final do laudo técnico foi de 28,9%, cuja pontuação de referência gira em torno de 87%, ou seja, identificamos (e mostramos com fatos e dados concretos) uma lacuna significativa a ser preenchida.

 

O trabalho ainda está em execução, mas algumas melhorias no desempenho da organização já foram confirmadas, depois de seis meses de trabalho.

 

Essa visão do mercado é que algumas vezes falta no líder principal da pequena e media empresa, o que se constitui a principal causa do fechamento de muitas empresas no país.

 

 

(*) Federico amory

Líder principal da Amory serviços S/C Ltda.; consultor, instrutor e escritor sobre gestão, especialista em re-estruturação organizacional e desenvolvimento de equipes. http://www.empresa-eficaz.com.br – mail to: ee@empresa-eficaz.com.br  

Como implantar um planejamento estratégico

 

 

“O planejamento estratégico não prevê o futuro, ele apenas cria as condições para fazer acontecer”

 

O empresário / gerente só é Líder quando faz acontecer, caso contrário passa boa parte do tempo «apagando incêndios».

 

         Por exemplo: suas estratégias de vendas estão definidas de acordo às variáveis da nova economia??? Sua empresa considera: seleção de clientes, diferenciação e preço?  Não?

 

Cuidado! Se você não se adaptar constantemente diante de circunstâncias adversas, se antecipando às mudanças com criatividade e vantagens estratégicas para seus clientes…sua empresa está ameaçada, por que? porque no futuro próximo (máximo cinco anos), sobreviverão somente empresas que tiverem boa qualidade, um diferencial, um valor agregado, na opinião dos clientes. Estamos falando de que hoje em dia, é mais importante aprender a ser Resiliente, do que ser o melhor.

 

Fazer acontecer e ser resiliente não é nada difícil. Leia, analise, reflexione e coloque em prática. Você sabe a diferença entre uma pessoa pró-ativa e outra reativa? Em poucas palavras, as pessoas pró-ativas fazem as coisas antes de serem pressionadas ou forcadas pelas circunstancias. Isso mesmo, estas pessoas desenvolveram a capacidade de reagir de acordo com os valores (que escolheram) e não de acordo às crenças, sentimentos e impulsos naturais (que a maioria de nós utilizamos – sem perceber), tendo iniciativa e assumindo responsabilidades necessárias, para fazer as coisas acontecerem, bem do jeito que foi previsto.

         Muitas pessoas levam suas vidas atuando como simples marionetes, vítimas das circunstâncias, de como acha que os outros a percebem, e reagem em função das
condições e condicionamentos externos, deixando que esses fatores controlem suas mentes, por decisão consciente ou por omissão. Essas pessoas são as re-ativas, elas são muito afetadas pelo ambiente e constroem sua vida emocional em torno do comportamento dos outros. Se alguma coisa muda, elas também mudam. Você conhece alguém assim? Cuidado!!!, apontar para os outros é um perigo, lembre-se de que você tem um dedo apontando para eles e quatro pra você. Inicie este processo, fazendo uma auto-crítica, somente depois que você se auto-avaliar é que terá condições mesmo de avaliar os outros… e se tiver coragem, peça para seus colegas avaliar você. Nós fazemos isto em nossos trabalhos de consultoria e os resultados são simplesmente extraordinários!

        As pessoas pró-ativas definem os resultados que desejam alcançar, criam as condições para chegar lá, em fim, fazem as coisas acontecerem. Tudo isto independe do ambiente interno e externo; por que se não for por um caminho, buscam outro, até conseguir o que precisam, ou seja, se valem da perseverança, por que sabem que tudo é possível, desde que estejamos dispostos a sair da “zona de conforto” que nos aprisiona e limita o tempo todo. Seus valores estão claros na sua mente? Você está disposto a ultrapassar seus próprios limites?. Se você não se questionar com este tipo de perguntas e responder com toda sinceridade e ainda partir para ação; certamente você é mais um reativo, uma pessoa que é levada pelas “ondas do dia-a-dia” e das circunstâncias.    

         Você é uma pessoa pró-ativa ou reativa? Onde está sua energia, aquela que
te moveu para criar uma empresa, para convidar pessoas para trabalhar com você? Ser empresário ou líder não é um privilégio ou uma posição, onde você senta num escritório bonito com todo o conforto, coloca uma placa “empresário”, e a partir daí vai ficar esperando que os outros trabalhem e recebendo os lucros; nada disso, aliás! antes de montar o negócio, você deveria ter se perguntado: estou disposto mesmo a trabalhar pelo crescimento meu e dos meus colaboradores?. Sim, por que hoje em dia já tem alguns empresários “jogando a toalha”, por que não estão suportante o peso de tanta responsabilidade e do mercado cada vez mais competitivo.

 

         Fico observando por exemplo pessoas que pelas suas atitudes, deixam transparecer entre linhas de que “esse negócio de mudanças não é para si, quem tem que mudar são os funcionários, ele(a) não precisa”. Você também pensa assim, ou age como tal sem reconhecer?

        Se você deseja implementar um processo de planejamento estratégico (PE) por exemplo, você deve ter consciência em primeiro lugar de que o PE não prevê o futuro, ele cria as condições para fazer acontecer, ou seja, trabalha com mudanças; ele não trabalha com suposições, nem decisões futuras, ele trabalha baseado em fatos e dados, com o positivismo do coração e o desafio pela melhoria permanente; junto com isso precisa sair da “zona de conforto” e aprender a ser pró-ativo.

 

Como implantar o balanced Scorecard na pequena empresa

Estas são algumas das minhas lições aprendidas em trabalhos de consultoria realizados em diversas empresas desde 1987, que hoje desejo compartir com você empresário, estudante ou amante da excelência na gestão do negócio. 


I
mplantar um modelo de gestão como o Balanced Scorecard numa organização não é uma tarefa fácil, exige muita competência, habilidade com pessoas, perseverança e determinação. Principalmente quando se trata de uma pequena empresa que nunca teve a preocupação de melhorar seu desempenho para garantir sua permanência, e até para brigar com empresas já estabelecidas e de reconhecido sucesso, pela liderança do mercado.

 

Existe um erro primário em nossa cultura latino-americana, típica da Administração tipo bombeiro (apaga incêndios) que é querer resultados imediatos – pois nunca se “tem tempo” para preparar um bom planejamento. Nos países de primeiro mundo, as empresas determinam como mínimo dois anos somente para preparar e planejar qualquer mudança.  É claro que eles têm recursos pra isso, mas nós deveríamos pelo menos ir treinando e aperfeiçoando o hábito de prever –  eliminado a ação corretiva do apaga incêndios. Por outro lado, não deveria se esperar que a situação ficasse crítica para somente então realizar melhorias (ou mudanças) no desempenho da organização, como acontece na maioria das empresas do nosso continente. Lamentavelmente este é o principal motivo pelo qual 60% das empresas criadas fecham suas portas antes de completar os primeiros cinco anos de vida, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae. Isto significa 281.000 empregos que se perdem por ano.

 

Vamos comentar aqui de forma sucinta, as principais etapas, de algumas experiênciaslgumas que temos  vivenciado na implantação de processos de modernização em algumas empresas. A maioria destes casos passaram por organizações focadas mais para a produção (voltada para dentro), outras para  planejamento de marketing, planejamento estratégico, migrando para gestão pela qualidade total e definição e implementação de indicadores para avaliação da performance do negócio, o que podemos chamar de introdução ao Balanced Scorecard.

 

Para iniciar este processo, é preciso dispor da aprovação e participação direta do líder principal e da diretoria no processo de melhoria do desempenho da organização. Sem este comprometimento com a melhoria dos resultados e a busca pela excelência na gestão, não só da diretoria como dos gerentes e mandos médios; fica muito difícil qualquer iniciativa.

 

1ª etapa. Uma das primeiras providencias a ser realizadas ao criar um negócio é o sistema de informação e controle da situação financeira e de custos, que permita apurar, acompanhar, avaliar, corrigir e prever a saúde financeira do negócio. O ideal seria que esta apreciação já viesse desde a elaboração do Plano de Negócios.  Esta visão deve ir além do simples conhecimento de que as contas estão sendo pagas em dia e ainda sobra um saldo no final do mês.

 

Em outras palavras, é necessário que estejam claramente identificados e em funcionamento os principais fatores (internos e externos) que influenciam para alcançar os resultados financeiros que garantam a sobrevivência da organização e gerem recursos suficientes para investir no seu crescimento. Esta primeira etapa é fundamental no desenvolvimento de qualquer organização produtiva, a qual leva de um a cinco anos aproximadamente para ser digerida pelos membros.  

 

2ª etapa. Uma vez estabelecidas o sistema de controle e as rotinas básicas que consideram as necessidades do cliente, a motivação e comprometimento dos membros da organização, os processos internos e as formas de fazer as coisas acontecerem, incluindo o desenvolvimento das competências; está na hora de iniciar um processo de planejamento estratégico, considerando as fortalezas, aquilo onde a empresa é excelente, as debilidades (variáveis internas), assim como, as oportunidades que o mercado oferece (significa estar ligado) e possíveis ameaças, ou seja, o que pode dar errado e como poderíamos agir nesses casos?

 

Em outras palavras, para concorrer com eficácia (e eficiência) neste mercado globalizado e cada vez mais exigente; é preciso considerar não somente as variáveis internas, como as externas, desenvolvendo as habilidades de se antecipar e conseguir tirar proveito das mudanças que acontecem diariamente. A medida que o temor pelas mudanças vai sendo substituído pela paixão pela prevenção, a visão (e percepção) se amplia e se aprofunda gradativamente, resultando em desenvolvimento da criatividade, da inovação, comprometimento e em melhores ganhos. Tudo isto comandado pelo líder principal e sua equipe.

 

3ª etapa. Percebemos de que não podemos perder muito tempo no planejamento. A velocidade das mudanças é muito grande e a organização deve faturar, ao mesmo tempo em que pratica sua flexibilidade, se adequando rapidamente às mudanças que estão acontecendo. Isto me lembra de uma frase do personagem de Roberto de Niro, no filme Wag the dog, que diz: “Vale mais um plano bom hoje do que um excelente amanhã” (quando a oportunidade já passou); ou seja; não é necessário que esteja tudo 100% para arrancar com as melhorias. Com 40 ou 60% já dá para iniciar, o restante, vai se criando no caminho, ao mesmo tempo em que se coloca para funcionar. 

 

Em outras palavras, percebemos de que as maiores dificuldades não estavam na fase de planejamento e sim na sua execução. Nesta etapa do processo de melhoria a maioria das empresas acaba desistindo e abandonando os avanços já conquistados, voltando à estaca zero. Sentimos de que faltava uma metodologia de gestão mais eficaz para a execução da estratégia.

 

4ª etapa. Num determinado momento do processo de modernização da gestão da empresa, sentimos de que para termos resultados garantidos precisávamos da participação de todas as pessoas. Uma das questões debatidas foi: em que proporção influi a satisfação do cliente nos resultados financeiros que buscamos? e até que ponto os membros da organização participam nesta satisfação do cliente? Ninguém poderia ficar de fora. Todos eram importantes, principalmente aqueles que ofereciam resistência por alguma razão até o momento desconsiderada.

Em outras palavras, foi preciso elaborar e implementar mecanismos de divulgação e endomarketing um a um; resultando em programas de conscientização, participação na definição de estratégias e metas e definição de incentivos em todos os níveis da organização.  Foi nessa etapa que iniciamos o programa de avaliação de desempenho, com foco no cliente interno, valorizando aqueles que se esforçavam e eliminando alguns outros.

 

5ª etapa. A etapa anterior foi decisiva para perceber que precisávamos mais do que uma simples avaliação de desempenho, precisava de um processo de melhoria continua em diversas dimensões.

Principalmente na gestão dos processos internos. Uma pergunta interessante que surgiu numa das reuniões da equipe gerencial foi: como identificar as áreas e processos que contribuem significativamente para os resultados da empresa e em qual medida? Foi ai que sentimos a necessidade de mergulhar mais fundo na gestão de processos. Tratava-se da melhoria das habilidades e competências das pessoas e do sistema de gestão, em função das necessidades de melhoria dos processos internos indispensáveis para alavancar os negócios.  

 

Em outras palavras, estávamos iniciando um processo de melhoria da qualidade, onde a integração e a soma das partes é maior do que o conjunto e cujo foco passa a ser o encantamento do cliente, através do gerenciamento de cada contato deste com a organização.

 

6ª etapa.  Uma vez em movimento o processo de melhoria da qualidade, sentimos a necessidade de elevar o nível das lideranças. Esta percepção nasceu do questionamento: quem é que garante o cumprimento dos objetivos e que estes são realmente os idôneos neste momento para a organização? A missão do negócio, assim como as principais diretrizes e pressupostos dos mandos médios e membros da organização, nascem da visão do líder principal.  Se este não tiver claro onde, quando e como chegar, vai ficar difícil para a organização alcançar algum objetivo. É preciso descrever com clareza qual o negócio do qual participa, caso contrário não terá como mensurá-lo e se não consegue medir, não terá como gerenciá-lo.  

 

Em outras palavras, é preciso saber se as estratégias em andamento contribuem de forma positiva para ações preventivas e corretivas oportunas, valorização das pessoas, compartilhamento dos conhecimentos e comunicação com o cliente; que busquem a excelência e a liderança do seu segmento de atuação.

 

7ª etapa. Neste nível na busca pela excelência, foram iniciados trabalhos para definir alguns indicadores de desempenho. A tendência inicial nesta etapa é copiar os indicadores de outras organizações semelhantes, por sorte, esta determinação durou pouco tempo, logo a diretoria compreendeu de que poderíamos definir dois tipos de indicadores: os tradicionais e popularmente conhecidos e os especiais, que fariam a diferença da organização no segmento onde atua. Concomitantemente conseguimos expandir nossa visão identificando indicadores não só na área econômica e financeira, como também em outras áreas como: comunicação com o cliente, satisfação do cliente interno, contribuição e implementação de sugestões, melhorias nos processos, diminuição de custos e valor percebido pelo cliente.

 

Em outras palavras, descobrimos de que para gerenciar é preciso medir. Sem a mensuração tanto dos aspectos tangíveis como intangíveis é praticamente impossível avançar na busca pela excelência na gestão. Descobrimos também de que os sistemas de apuração de custos tradicionais (custeio por absorção e custeio variável entre outros), não contribuem para a melhoria do desempenho, por tanto, implementamos o ABC (ou seja O custeio baseado em atividades) de autoria do professor Robert Kaplan.  É o sistema de custeio mais indicado para quem deseja desenvolver o BSC na sua organização.

 

8ª etapa. Nesta etapa o desenvolvimento das habilidades pessoais passou a ser a principal exigência do processo de melhoria. Foram criados programas de educação e treinamento para as diferentes equipes, reuniões periódicas e avaliações. Não demorou muito para perceber de que os programas de capacitação e treinamento do pessoal não poderiam ser isolados e arbitrários. Era preciso toda uma análise de causa e efeito, baseado nas principais estratégias da organização que orientassem quais competências, habilidades e conhecimentos eram necessários desenvolver.

 

Temos observado em algumas organizações (de grande porte inclusive) que dizem estar implantando um modelo de gestão baseado no BSC, cair neste erro. O BSC não é um sistema de informação gerencial unicamente, ele vai além disso, é um processo de pensamento, diálogo e reflexão estratégico, cujo objetivo principal é o desenvolvimento das competências necessárias para chegar o mais perto possível da excelência. Outra lição aprendida nesta etapa foi a de que os indicadores não poderiam ser estáticos, eles devem evoluir de acordo com o nível de competitividade da organização.

 

9ª etapa. Alguns empresários ofereceram significativa resistência às mudanças, tem dificuldades para sair da “zona de conforto” e experimentar novas maneiras de liderar, chegando ao ponto de insinuar de que o BSC pode ser utilizado para impor objetivos, pressionando os funcionários na consecução de metas; quando na realidade deveria ser utilizado para incentivar a participação de todos os membros da organização na criação e realização das estratégias. Em outros casos, foi detectado certo comodismo por parte da direção, se exonerando da responsabilidade pelas mudanças, inclusive através do exemplo, e querendo transferir essa responsabilidade para o consultor. Este na realidade é apenas um facilitador, quem, ao mesmo tempo em que planeja e orienta na execução, transfere tecnologia (conhecimentos práticos) para as lideranças, até por que são eles que darão continuidade ao processo de melhoria na organização.      

 

As etapas e processos aqui comentados não têm necessariamente que serem executadas de forma seqüencial. Algumas podem (e até devem) ser desenvolvidas simultaneamente. O importante é o reconhecimento e a importância de cada uma delas na escala evolutiva de uma organização produtiva. Conhecemos algumas empresas que agora estão iniciando a implantação do BSC com satisfação, mas por que já tiveram a experiência do planejamento estratégico, da gestão pela qualidade total ou certificação da ISO. Agora, não conhecemos nenhuma que tenha implantado uma ferramenta de gestão como o BSC, sem antes ter experimentado esse amadurecimento na gestão do negócio. Por outro lado, as etapas aqui comentadas foram vivenciadas em diferentes organizações e não necessariamente em uma empresa só, além do que o número atribuído a cada etapa varia de empresa para empresa, dependendo da habilidade de seus líderes e sua idade no ciclo de vida como organização.

 

É importante ressaltar de que cada uma destas etapas precisaria de pelo menos umas 50 paginas para descrevê-la com algum detalhe, se desejássemos que fosse viável de ser compreendida. Mas não é esse nosso objetivo.  Nosso propósito inicial é mostrar como é complexo e trabalhoso o desenvolvimento de uma organização que está determinada a conquistar a liderança no seu segmento de atuação. Por tanto, não desanime, seja perseverante e desenvolva sua auto-motivação, tendo certeza de que cada erro no processo de melhoria continua, contribui para fortalecer e ampliar as lições aprendidas, base do crescimento sustentável.

 

Se sua empresa já passou ou está passando por estas etapas, pode ter certeza de que está preparado para implantar o Balanced Scorecard (BSC) na sua organização com certa garantia de sucesso. Digo “certa garantia” por que as variáveis que influenciam são muitas, além do que estão em permanentes mutações. Por outro lado, se ainda não experimentou pelo menos 50% destas etapas, aconselho não arriscar, pois o mais provável é que vai ter uma decepção e ainda vai perder dinheiro. Lembre-se de que a natureza não dá saltos.  Outra precaução não menos importante é que se pretende contratar um profissional externo para orientar a organização nesta jornada, confira os trabalhos já realizados, sua habilidade como consultor de gestão e sua estrutura operacional. Tem muitos amadores no mercado.

 

Por último, as quatro perspectivas do BSC de Norton e Kaplan são apenas um modelo genérico básico. Um bom consultor vai criar as perspectivas adequadas ao seu negócio e ao momento que está vivendo. Nenhum sistema nasce perfeito e nem é aplicável a todo tipo de empresa. No mais, gostaríamos de receber seus comentários, criticas, alguma experiência que deseje compartilhar ou alguma sugestão.   

 

 

(*) Federico Amory. É consultor e educador de gestão, especializado em reestruturação organizacional de empresas. Publicado em http://www.empresa-eficaz.com.br e no Jornal do Comércio.  Mail to: amory@empresa-eficaz.com.br.

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