Novas estratégias de precificação – A diferença que aparece nos resultados financeiros

Estratégias diferenciadas de preço. (Uma das estratégias ainda muito pouco explorada e que quase sempre define a opção de compra é O PREÇO).

Por Federico Amory (*)

Poucas empresas estão dando à variável preço (do marketing mix), a importância que merece. A grande maioria acredita, ou pelo menos age como se acredita-se, que basta se igualar aos principais concorrentes, quando se trata do preço de venda de seus produtos e serviços, para continuar sobrevivendo, e param por aí. Se você está preocupado com as vendas e as ações da concorrência, leia este artigo, alguma coisa poderá aproveitar das nossas lições aprendidas.

Para seu negócio sobreviver no meio de tantas ofertas e vantagens que seus concorrentes oferecem para seus clientes, é preciso criar e saber implementar estratégias diferenciadas de preço. E como criar essas vantagens competitivas?

Recentemente um empresário perguntou como poderia fazer para sair de uma vez por todas das crescentes “guerras de preços”, pois já não agüentava mais baixar seus custos, comprometendo cada vez mais, a qualidade, o desempenho da organização e a sua própria sobrevivência. Em outras palavras a empresa estava se afundando cada vez mais.

Nossa resposta: Somente através da diferenciação e dos custos controlados (não significa baixar custos arbitrariamente), é possível se erguer perante as empresas que sobrevivem “apagando incêndios”. Estes são atributos que independente do tamanho e da época, sua empresa pode desenvolver gradativamente.

Esta ponderação é confirmada por uma pesquisa realizada recentemente para achar o chamado Índice de Prestígio da Marca Corporativa (IPMC), onde foram
avaliados cinco quesitos: Qualidade dos Produtos e Serviços, Admiração e Confiança, Responsabilidade Social e Ambiental, Inovação e, ainda, Histórico e Evolução. Além de avaliar o quanto cada marca se identificava com esses quesitos, os entrevistados definiram qual a importância que eles dão a cada um desses aspectos. A Qualidade dos Produtos e Serviços foi apontada – pelos próprios entrevistados – como o atributo mais importante. Isso mostra que, se o produto não tiver a qualidade desejada, não adianta mascarar a reputação com outros atributos. Isso é Valor percebido pelo cliente, significa Diferenciação.

De uma forma geral na perspectiva do cliente, o núcleo da estratégia consiste na criação de uma proposição de valor sustentável envolvendo: preço, qualidade, disponibilidade dos produtos, sortimento, funcionalidade, serviço, parceria e a imagem da marca; e quando um empresário opta por conquistar cliente somente na base do preço, está praticamente indo pelo sentido contrário, pois não demorará muito não terá mais condições nem recursos, para defender seu IPMC (índice de prestigio da marca corporativa).

Desenvolver a diferenciação e controlar os custos, não é tarefa fácil. Exige uma orientação profissional, uma liderança comprometida com resultados, uma metodologia testada e comprovada, o aproveitamento do potencial criativo e inovador dos membros da organização e as tecnologias da informação compatíveis. Nosso propósito neste artigo é passar algumas lições aprendidas em nossos trabalhos de consultoria, as quais consideram as três variáveis que influenciam na definição de preços que são: valor percebido pelo cliente, conhecimento dos principais concorrentes e gestão de custos eficaz.

Em primeiro lugar e preciso ter cuidado com estratégias baseadas em descontos e outros incentivos para alavancar as vendas. Se estas não forem criadas com conhecimento do quanto varia a lucratividade da empresa, sem objetivos e critérios claros, sustentados e integrados a um plano estratégico; podem provocar muitos problemas no futuro. A maioria dos problemas organizacionais e de desempenho fraco (ou negativo) tem sua origem em decisões impulsivas, arbitrárias e amadoras de seus líderes, assim como, pela falta de visão e reação oportuna às mudanças que todos os dias acontecem.

A maioria das empresas simplesmente definem o seu preço de venda, baseado unicamente em seu custo de aquisição, acrescentando a este uma porcentagem arbitrária, aquela que lhe foi passada pelos ancestrais ou que vem aplicando desde que a empresa era pequena, e aí, chega um momento no ciclo de vida da organização, em que o dinheiro começa a escoar entre os dedos, não sabe para onde está indo, então não demora muito começa a pagar as contas com atraso, pois não tem a mesma disponibilidade financeira de antigamente. Por que será que isso acontece? A principal causa está no desconhecimento dos custos, muito provavelmente os custos fixos (e/ou variáveis) cresceram, absorvendo o que antigamente era o lucro, os quais mantinham saudável financeiramente a empresa.

Um dos temas que tem se discutido muito nos últimos dias é a inovação na gestão e a sustentabilidade do negócio. Ter um negócio sustentável significa controlar diariamente os índices de lucratividade de cada um dos seus produtos e serviços, e para isso a eficácia e eficiência do modelo de apuração de custos joga um papel muito importante. Esta é a primeira área que deve ser avaliada e aperfeiçoada para ter condições internas de criar estratégias diferenciadas de preços.

Por que hoje são mais importantes as estratégias diferenciadas de preço?
1. Clientes mais exigentes, por que estão melhor informados;
2. Concorrência globalizada da oferta de produtos e serviços;
3. Ampliação das opções dos clientes e dos concorrentes, através da Internet;
4. Pouca importância ao desempenho interno da organização e a gestão de custos;
5. Concorrentes mais agressivos;
6. Aproveitamento indevido (ou pobre) das novas tecnologias;
7. Aplicação de estratégias baseadas em crenças antigas, as quais não
mais correspondem á nossa realidade atual;
8. A não identificação das causas reais das quedas em vendas.

As estratégias diferenciadas de preço é o modelo de gestão do negócio que parte de uma seleção de clientes, identifica e cria o que este valoriza e está disposto a pagar, re-organiza seus processos e custos, eliminando o que não agrega valor e investindo em estratégias inovadoras, que nascem da administração participativa e diretrizes identificadas no processo de planejamento estratégico.

Para finalizar, considere o seguinte: seu concorrente pode colocar os mesmos preços e até um pouco abaixo dos seus, pode imitar as campanhas promocionais e de publicidade que você cria, pode inclusive treinar seus funcionários para melhoria do atendimento, pode comprar um software de última geração para a gestão do negócio, etc. Agora, tem uma coisa que vai ser difícil de imitar: o controle dos custos.

(*) Federico Amory é o líder principal da Eficaz Consultoria de Gestão (Amory Serviços S/C Ltda)
(www.empresa-eficaz.com.br/ ), consultor, palestrante e escritor de artigos de vendas e gestão por resultados. Mail to: amory@empresa-eficaz.com.br

Em tempos de crise Crie $

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Em tempos de crise também se cresce . . . Como?

 

Basta estar preparado com:

  1. Uma equipe criativa, integrada e comprometida com resultados;
  2. Um modelo de gestão comprovadamente eficiente e eficaz e
  3. Uma liderança que aponte o caminho e saiba extrair o máximo das pessoas.

 

Sua empresa não tem isso?

Provavelmente é por que na época de vacas gordas a direção da empresa considerou um gasto desnecessário contratar ajuda externa e se preparar melhor. Talvez pensaram igual que o técnico Zagalo quando declarou: “em time que está ganhando não se mexe”. Quando se trata de negócio essa máxima é totalmente contrária ao que as grandes empresas aplicam, e é justamente por isso que elas são e continuam sendo líderes de mercado.

 

Os gestores das empresas de classe mundial sabem de que nunca está ótimo, sempre é possível melhorar, agregar valor para o cliente, contribuir melhor para o meio ambiente e para os próprios funcionários. O limite da nossa criatividade somos nós mesmos que determinamos, com crenças e máximas desse tipo.

 

Se você tem pelo menos uma das condições anteriores, já dá para passar melhor a crise, e claro, se tiver as três, melhor ainda.

 

Lamentavelmente a gente que atende vários tipos de organizações, sabe de que as empresas que podem dizer que dispõe das três condições, podem ser contadas, aqui no Brasil, com os dedos da mão. A grande maioria passam o tempo todo “apagando incêndios”. Nunca tem tempo para planejar e pensar um pouco como melhorar seu desempenho, sua participação no mercado, suas margens de lucro; algumas ainda com muita dificuldade conseguem projetar-se 12 meses na frente, fazendo um planejamento estratégico, mas aí, se deparam com mil e um problemas para colocá-lo para funcionar, por que? Porque não tem estrutura e nem cultura para isso. É preciso criar primeiro os alicerces na organização.

É esse o trabalho que estamos desenvolvendo em empresa de Niterói, estado do Rio de Janeiro. A diretoria da empresa entendeu, depois de várias tentativas sem sucesso, de que precisava de ajuda de profissionais da área de gestão do negócio. De inicio foi realizado um diagnóstico organizacional, a fim de avaliar todas as áreas e processos e sua capacidade de enfrentar crises e se adequar rapidamente ao mercado. A pontuação final do laudo técnico foi de 28,9%, cuja pontuação de referência gira em torno de 87%, ou seja, identificamos (e mostramos com fatos e dados concretos) uma lacuna significativa a ser preenchida.

 

O trabalho ainda está em execução, mas algumas melhorias no desempenho da organização já foram confirmadas, depois de seis meses de trabalho.

 

Essa visão do mercado é que algumas vezes falta no líder principal da pequena e media empresa, o que se constitui a principal causa do fechamento de muitas empresas no país.

 

 

(*) Federico amory

Líder principal da Amory serviços S/C Ltda.; consultor, instrutor e escritor sobre gestão, especialista em re-estruturação organizacional e desenvolvimento de equipes. http://www.empresa-eficaz.com.br – mail to: ee@empresa-eficaz.com.br